Voluntárias confeccionam polvos para bebês prematuros

Inspiradas no projeto de confecção de polvos para bebês prematuros, voluntárias dos Clubes em Mães de Rio Fortuna abraçaram a causa e se dedicam com amor à produção dos bichinhos, toucas e sapatinhos, para doar aos hospitais. A primeira remessa de trabalho foi entregue na segunda-feira, 12 de agosto, na UTI neonatal do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Na oportunidade, a primeira-dama Cristiani Brettos Goulart Balmann, secretária de Assistência Social Gabriela Ricken Warmling Moreira, e a voluntária Josiane Vandresen Heidemann, conheceram de perto a realidade da unidade hospitalar e a importância do trabalho social para a recuperação dos recém-nascidos.

 Os polvos são feitos de lã, com tentáculos em espiral, em diversas cores e tamanhos.  Repousados ao lado de recém-nascidos, transmitem calma, proteção e amor.  “Quando soube da existência do projeto e relatos de como contribui para a recuperação dos bebês, fiquei sensibilizada em poder ajudar”, comentou a voluntária Josiane. Com a colaboração da família e amigos próximos, a agricultora separou novelos de lãs e agulhas e iniciou a confecção dos polvinhos em casa. “Procurei vídeos no youtube, e comecei a fabricar pouco a pouco. Quando entregamos a remessa do trabalho no Hospital Infantil foi emocionante. Vimos de perto a importância deste trabalho, e me senti motivada a fazer muito mais”, relata a voluntária.

A produção tomou proporções por todo o Brasil. Diversos grupos de trabalhos, orientados pelo projeto Octo Brasil, confeccionam os polvos para doação. Os polvos de crochê são colocados dentro da incubadora, junto aos bebês prematuros, e de acordo com relatos de pais e profissionais de saúde de UTIs neonatais, acalmam os pequenos, ajudando a normalizar a respiração e os batimentos cardíacos e evitando que eles arranquem fios de monitores e tubos de alimentação.   

Em Rio Fortuna, o trabalho realizado pelas voluntárias dos Clubes de Mães tem a parceria da Associação Beneficente RioFortunense (Abraf) “Nos sentimos gratificadas em poder ajudar os recém-nascidos a sentirem mais seguros e confortáveis. Para nós pode significar pouco uma produção em crochê, mas para as famílias que esperam a recuperação de seu bebê, é inquestionável. O nosso objetivo é o trabalho social, e abraçamos esta causa com muito carinho”, menciona a primeira-dama e presidente da Abraf, Cristiani Brettos Goulart Ballmann. “É muito gratificante fazer algo com as suas próprias mãos e saber que isso vai ser útil para ajudar um bebê prematuro que está lutando pela vida”, completa secretária de Assistência Social, Gabriela Ricken Warmling Moreira.  

Projeto iniciou na Dinamarca

A ideia dos polvos feitos de crochê para bebês prematuros surgiu na Dinamarca, em 2013. Um grupo de voluntários decidiu fazer polvos de crochê para bebês prematuros em um projeto chamado Spruttengruppen (The Danish Octo Project). Eles são os “pais” da ideia. O chamado Projeto Octo se espalhou por outros países da Europa e também Estados Unidos, mas começou a ser difundido no Brasil somente no início de 2017. O projeto é 100% voluntário, não corroborando com a ideia de compra e venda dos polvos feitos de crochê.

Por que Polvo?

1. Porque ele tem vários “braços” para abraçar o bebê.

2. Os tentáculos são macios e ideais para serem agarrados e assim evitam que o bebê puxe os fios e sondas.

3. O corpinho ajuda no posicionamento do bebê na incubadora, funcionando de maneira semelhante aos rolinhos de posição.

O polvinho transmite calma, proteção e amor ao recém-nascido.