Gripe A: Vigilância Epidemiológica de SC lança nota técnica
SUPERINTENDENCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
NOTA TÉCNICA Nº. 09/09/DIVE/SES
Assunto: orienta quanto às condutas que devem ser seguidas pelas chamadas instituições fechadas com objetivo de reduzir o risco de transmissão do vírus H1N1 no estado.
Desde que a Organização Mundial de Saúde declarou a Influenza A (H1N1) como Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional (24/04), tem-se observado algumas
mudanças importantes, que apesar de dinâmicas, fornecem indicativos de como intervir e
intensificar medidas e ações que visem reduzir o risco de transmissão do vírus H1N1 no
estado.
Pelo ineditismo, trata-se de uma situação de saúde pública complexa e que precisa do
envolvimento e coesão de esforços de toda a sociedade catarinense, essencialmente na
implantação e divulgação das medidas necessárias e adequadas sobre as formas de
prevenção e controle da Gripe A. Além da observância das normas e orientações de vigilância
epidemiológica; dos protocolos clínicos e condutas de assistência e manejo de pessoas com
doenças respiratórias, identificou-se a necessidade de informações no que diz respeito às
condutas que devem ser seguidas pelas chamadas instituições fechadas (hospitais,
presídios, asilos, abrigo de menores, etc…) com objetivo de que todas elas também adotem e
divulguem as referidas condutas durante o seu período de funcionamento.
Neste sentido, a DIVE/SES com a finalidade de reduzir a circulação do vírus Influenza A
(H1N1)
RECOMENDA:
· Todas as instituições hospitalares deverão definir fluxo para visitação de
pacientes internados. Sugere-se a máxima restrição quanto ao horário e o número
de visitas: somente um visitante por paciente e durante apenas meia hora por dia.
Em UTI's, as medidas devem ser mais restritivas ainda;
· Outras instituições como penitenciárias, presídios e abrigos deverão proibir a
entrada de pessoas que apresentem sintomas de gripe e restringir o horário de
visita;
· Instituições como asilos e orfanatos deverão suspender a entrada de visitantes
pelo maior tempo possível, principalmente com relatos de síndrome gripal na área
de localização;
· Escolas para portadores de necessidades especiais, como APAE's por exemplo,
tendo em vista o alto fator de risco de transmissão, deverão ter os cuidados
redobrados, sugerindo visitação in loco pela vigilância epidemiológica e sanitária, e
de acordo com a situação observada, onde não houver indícios de segurança,
recomenda-se a suspensão imediata das atividades pelo tempo em que for
necessário (ocorrência de transmissão na área).
Para todas essas instituições deverão ser disponibilizadas informações e orientações para a
população, principalmente com a divulgação da campanha "Etiqueta da Tosse", através de
cartazes educativos sobre as principais medidas para o controle e a prevenção da
transmissão de doenças respiratórias, incluindo a gripe.
Por fim, orienta-se aos municípios de médio porte (acima de 50.000 hab), implantação de
centros de triagem ou unidade referência para não sobrecarregar as emergências e demais
unidades, servindo inclusive para definição do critério de internação ou monitoramento
domiciliar.
As atividades de grupo realizadas pelas instituições da saúde e demais instituições como
assistência social e educação, cultura e lazer, como por exemplo, grupo de gestantes,
grupos de idosos e outras atividades que envolvam aglomeração de número significativo de
participantes, deverão ser suspensas pelo tempo em que for necessário (enquanto houver
ocorrência de transmissão na área).
Florianópolis, agosto de 2009.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA