Casos de leptospirose preocupam Secretaria de Saúde
Com três casos confirmados em 2025, a leptospirose, doença transmitida pela urina do rato, preocupa autoridades de Saúde de Rio Fortuna. Enxurradas e alagamentos, comuns nesta época do ano, favorecem o aparecimento dos roedores transmissores da patologia.
A enfermeira Eliane Fregulia, responsável pela Vigilância Epidemiológica de Rio Fortuna, alerta que prevenir é a melhor alternativa para evitar a contaminação. A profissional recomenda que seja evitado o contato direto com locais que apresentem sinais de presença de roedores. “Recomenda-se a utilização de máscaras, luvas e botas ao lidar com ambientes suspeitos”, destaca. Ferimentos expostos e mucosa podem facilitar a infecção. “Por isso orientamos que esses locais sejam varridos com pano molhado e que seja feita uma boa higienização das mãos após o contato com esses ambientes”, acrescenta.
A leptospirose é uma doença febril aguda, transmitida pela bactéria Leptospira, presente na urina de roedores domésticos, como os ratos de telhado, e camundongos. É transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina do animal. “A contaminação pode ocorrer a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada, por meio do contato da mão nas mucosas”, explica. “É comum que as pessoas sejam infectadas ao limpar esses locais”, alerta.
A enfermeira destaca que a região é propícia para abrigo de roedores durante o ano inteiro. “Eles procuram locais quentes e seco como lar. No verão, fogem das enxurradas. No inverno, buscam locais aquecidos e acabam infestando casas e galpões”, detalha. A ocorrência de casos da doença também não é incomum na região. “Geralmente são poucos no decorrer do ano. Nunca tivemos em nossa região tantos casos como estão ocorrendo. Santa Rosa tem registro, além de Braço do Norte, entre outros municípios. Todos agora, no verão”, complementa.
Sintomas – Pessoas infectadas pela bactéria Leptospira costumam apresentar febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas, vômitos, diarreia, vermelhidão nos olhos, tosse e olhos amarelados. “Os sintomas podem surgir entre cinco e 14 dias após o contato e podem ser confundidos com dengue, gripes ou viroses”, destaca a enfermeira.
Hantavirose – Outra doença transmitida pelo rato, porém mais grave e com alto índice de letalidade é a Hantavirose. A pessoa é contaminada pela inalação do vírus que o roedor silvestre elimina na urina, saliva, fezes ou pela mordida. “Já tivemos dois casos aqui no município, um foi a óbito”, enfatiza. Os sintomas são mais graves que os da leptospirose, evoluindo para um quadro de síndrome respiratória aguda grave. “O infectado apresenta dificuldade para respirar, respiração acelerada, taquicardia, tosse seca e pressão baixa”, cita.