Mais de 380 pessoas participam de Seminário sobre agrotóxicos


Mais de 380 pessoas assistiram às seis palestras realizadas no Primeiro Seminário de Sensibilização Quanto ao Uso de Agrotóxicos, realizado na sexta-feira, 29, no Centro de Pastoral São Marcos, em Rio Fortuna. O evento, pioneiro no Estado, superou a expectativa dos organizadores. Participaram do Seminário agricultores, professores, alunos e profissionais da área da saúde.
O evento foi aberto com uma exposição sobre os casos de intoxicação por agrotóxicos notificados em Rio Fortuna. De acordo com a secretária de saúde, Rosides Tártare Vandresen, no período de 2002 a 2005 foram registrados no hospital da cidade 12 casos. Destes, um resultou em morte. “Estes são apenas os casos que deram entrada no hospital. Podem ter ocorrido muitos outros casos de dor de cabeça, tontura e enjôo provocados por substâncias tóxicas, mas que as pessoas se medicaram em casa”, ressaltou. Segundo a secretária, a preocupação maior é com os danos à saúde que ele provoca após anos de exposição, já que as moléculas permanecem no organismo das pessoas.
Na primeira palestra do dia, a engenheira agrônoma da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Roselita Bittencourt, falou sobre a utilização dos agrotóxicos. Segundo a palestrante, o ideal seria não utiliza-los. “Sabemos da importância que alguns agrotóxicos têm para a agricultura, por isso quando o utilizarmos precisamos fazer de maneira que o prejuízo ao meio ambiente seja o menor possível”, comentou. Roselita falou aos participantes em que condições de tempo os agrotóxicos podem ser passados. Também explicou sobre a tríplice lavagem e o destino final das embalagens.
Na segunda palestra do dia, o engenheiro agrônomo do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), Fernando Botega, falou sobre a função do Conselho e explanou sobre as leis de agrotóxicos. Também destacou a importância do agricultor solicitar o receituário agronômico. Na seqüência, o sargento Chaves, da Polícia Militar de Proteção Ambiental, falou sobre as atribuições da Polícia na fiscalização à utilização de agrotóxicos, leis ambientais, e as multas e penalidades para quem descumpri-las.
O ciclo de palestras na parte da manhã foi encerrado pelo engenheiro agrônomo da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Paulo Capanema. O profissional falou aos presentes sobre a função da Cidasc. Também explicou sobre os níveis de toxidade do produto, destacou a importância da utilização dos Equipamentos de Proteção (EPI).
À tarde, a gerente Tóxico Fármaco da Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina, Margaret Grando, explanou sobre os agrotóxicos e as complicações à saúde. A palestrante falou sobre a necessidade de diminuir o uso de produtos tóxicos. Também destacou que eles não estão presentes apenas na agricultura. “Nos centros urbanos ele é utilizado como se fosse um produto qualquer. Um exemplo são os aparelhos para proteção contra os pernilongos que ligamos à noite e os inseticidas”. De acordo com Margareth, é preciso que se volte a utilizar métodos antigos de proteção contra pernilongos, como por exemplo, os mosquiteiros e telas de proteção.
Na última palestra, ministrada pelo engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Élvio Antônio Perucci, foi abordado o tema: Agroecologia. Perucci falou sobre as técnicas de produção de alimentos nas quais não há necessidade de utilizar adubos químicos e produtos tóxicos.
O evento foi organizado pela Secretaria de Saúde e 20ª Gerencia Regional da Saúde. Também contou com o apoio Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Polícia Militar de Proteção Ambiental, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).


Fonte: Assessoria de comunicação